segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A "escolha"

O período de eleições é um momento histórico no qual o cidadão como membro de uma sociedade democrática escolhe os seus representantes que irão criar e melhorar leis, além de governar o Estado ao executar ações em áreas como educação, saúde, segurança, economia, transportes, meio ambiente, etc, que poderão mudar as vidas daqueles que o escolheram.


Porém, em tempos de escândalos de corrupção envolvendo políticos eleitos por nós, e de raros exemplos de honestidade, compromisso, honra e responsabilidade – atributos essenciais esperados por aqueles que irão nos representar – esse cidadão brasileiro se vê sem muitas opções de escolha.


Somando-se a isso, percebemos outra falta de respeito com o dinheiro público, ao nos depararmos todos os dias com a poluição visual e sonora: uma grande parte do dinheiro do povo está sendo jogada fora, e o que é mais absurdo ainda – está sendo jogada nas ruas, rios e matas. 



O que se consegue absorver dessas campanhas eleitorais “superficiais” e “poluidoras” é insignificante e pouco esclarecedora, quando se espera que sejam oferecidos argumentos que possam contribuir para a escolha dos candidatos. Tudo isso, faz com que uma porção da população mais carente de educação, que não sabe o poder que tem na hora de votar, perca ainda mais o interesse em tal ação.


E à porção do povo, a qual a pouco citei, resta uma sensação de alívio por ter cumprido com uma obrigação: a de votar, mesmo sem conhecer as reais intenções de seus candidatos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Juventude

Como explicar uma boa parte da geração de jovens alienada: "...nos querem todos iguais, assim é bem mais fácil nos controlar,( ...) que se faça o sacríficio, que cresçam logo as crianças"


Aloha
Renato Russo - Legião Urbana


"Será que ninguém vê
O caos em que vivemos?
Os jovens são tão jovens
E fica tudo por isso mesmo
A juventude é rica, a juventude é pobre
A juventude sofre e ninguém parece perceber
Eu tenho um coração
Eu tenho ideais
Eu gosto de cinema
E de coisas naturais
E penso sempre em sexo, oh yeah!
Todo adulto tem inveja, todo adulto tem inveja
Todo adulto tem inveja dos mais jovens
A juventude está sozinha
Não há ninguém para ajudar
A explicar por que é que o mundo
É este desastre que aí está
Eu não sei, eu não sei
Dizem que eu não sei nada
Dizem que eu não tenho opinião
Me compram, me vendem, me estragam
E é tudo mentira, me deixam na mão
Não me deixam fazer nada
E a culpa é sempre minha, oh yeah!
E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor: minha esperança
Que se faça o sacrifício
Que cresçam logo as crianças."


domingo, 5 de setembro de 2010

Recife, aonde vamos parar?


Recife, capital de Pernambuco, também chamada de “Veneza Brasileira”, é uma cidade que dispõe de belas paisagens: praias, rios e pontes, pontos turísticos, históricos e culturais, etc.
Vista aérea do Recife

Banhada pelo Oceano Atlântico, suas praias – em especial a de Boa Viagem – são muito visitadas pelos recifenses e turistas, por suas piscinas naturais de temperaturas agradáveis. Estas praias são formadas por arrecifes de corais, daí a inspiração para o nome da cidade – Recife.
Praia de Boa Viagem

Sua hidrografia é apresentada por lagos e lagoas como a Lagoa do Araçá e por vários rios: Capibaribe, Beberibe, Tejipió, Jiquiá, Jordão, dentre outros. Seu centro é banhado, principalmente, pelo rio Capibaribe que se encontra com o rio Beberibe para, juntos, desaguarem no Oceano Atlântico.  É Justamente nestes estuários dos rios que a cidade abriga uma grande área de mangue, talvez a maior área de mangue urbana do planeta, e uma rede de ilhas e pontes que interligam bairros como o Recife Antigo, Santo Antonio e Boa Vista, proporcionando lindos cartões postais.

Rio Capibaribe

Considerada multicultural, Recife tem sua cultura arraigada, baseada em fatores e momentos históricos bastantes importantes e relevantes, não só para o seu próprio desenvolvimento ao longo dos tempos mas para o Nordeste e o Brasil. Costumes culturais deixados pelos negros escravizados da África, índios (antigos habitantes) e brancos colonizadores europeus, são marcantes e percebidos nas diversas manifestações culturais como maracatu, coco, capoeira, frevo, movimento mague beat, dentre outras.
Ao longo da história, a cidade também recebeu influências destes povos em relação à arquitetura que estão presentes em muitas construções como no prédio da atual Assembléia Legislativa de Pernambuco, no Palácio do Governo, nos casarios do Recife Antigo, na Basílica de Nossa Senhora do Carmo e no Covento do Carmo.
Frevo

Predio da Assembléia Legislativa de Pernambuco


Palácio Campos da Princesa - Sede do Governo


 Casarios do Recife Antigo


Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Contudo, como em muitas metrópoles brasileiras, infelizmente a capital pernambucana enfrenta problemas surgidos com o crescimento desordenado e aliando-se à políticas públicas ineficientes, e em alguns casos omissas às problemáticas  habitação, educação, saúde, saneamento básico, infra-estrutura – se depara com situações consequentes como: desigualdade social, desemprego, criminalidade, violência, hospitais lotados, trânsito inviável, transporte coletivos ineficientes, danos ao meio ambiente, etc.

Periferia na Zona Norte

Periferia na Zona Sul

Palafitas em Comunidade Ribeirinha

Antes de começar a mudar os seus rumos, a comunidade recifense precisa fazer a seguinte pergunta: No que estamos transformando a nossa cidade diante de quão linda ela ainda é?